A revolução mindfulness na infância - como desenvolver atenção plena em crianças

É certo uma coisa: o assunto ainda é pouco explorado em todo o mundo e as hipóteses levantadas que baseiam os estudos atuais são bastante animadoras. Este mês vamos falar um pouco mais sobre como a Revolução Minduflness chega até nossos pequenos e como podemos (claro, né?) começar a dar os primeiros passos em direção a um trabalho de desenvolvimento da atenção plena em crianças!

Um dos estudos que embasam os benefícios do desenvolvimento da atenção plena em crianças é publicado pela Universidade de Oregon, que confirma que Mindfulness protege o cérebro de doenças mentais.

Ora em um mundo em que a prescrição de ritalina está cada vez mais comum, este estudo não deixa de ser muito interessante e a possibilidade confirmada então, nem se fala! Quando vou falar sobre mindfulness para pais sempre levo este estudo, pois ele é uma base hipotética interessante para justificarmos a aplicação de mindfulness em crianças – e os pais realmente mostram interesse neste sentido.

O maior motivo do meu entusiasmo dentro do assunto mindfulness é o fato de estarmos, pela primeira vez, trabalhando com uma técnica de respaldo científico mundial, que tem resultados estruturais, capazes de serem analisados por testes de neuroimagem - ainda que a tecnologia não esteja tão disponível, mas o fato de podermos afirmar que há modificações estruturais no cérebro e que elas podem ser medidas, de fato, já é fantástico.

Pela primeira vez, podemos atuar realmente com saúde mental e, a meu ver, esse é um dos principais motivos pelos quais nós, psicólogos, devemos nos apropriar das técnicas de desenvolvimento da atenção plena.

RESPALDO CIENTÍFICO DO DESENVOLVIMENTO DA ATENÇÃO PLENA COM CRIANÇAS


Apesar de estar em um desenvolvimento menor, há estudos que comprovam os benefícios de mindfulness em crianças e acreditamos ser fundamental começarmos este artigo falando sobre eles. Antes, permita que eu te relembre: mindfulness geralmente é utilizado em dois contextos - um com teor mais “educativo” e outro com objetivos de intervenção.

Nós podemos atuar com grande eficácia em ambas as áreas, porém, nosso trabalho vai melhor se respaldar quando o assunto for intervenção.

Um estudo bibliográfico publicado em 2013 no Journal of Children Service´s (1), que teve como objetivo principal explorar o campo científico nesta área, nos trouxe importantes dados: quando bem trabalhado (enfatiza-se esta questão), o desenvolvimento da atenção plena é eficaz na promoção de uma ampla gama de resultados: pode melhorar a saúde mental e o bem-estar, o humor, a autoestima, melhora a autorregulação emocional, aumenta o comportamento positivo e melhora o aprendizado acadêmico.

Um outro estudo (2) que pesquisou especificamente sobre as abordagens baseadas em mindfulness em crianças e adolescentes avaliou os efeitos da atenção plena em 330 crianças. Foram encontradas importantes melhorias como a diminuição da ansiedade, o grau de atenção avaliada pelo professor e as habilidades sociais. O estudo com adolescentes em atendimento ambulatorial psiquiátrico mostrou melhorias intergrupais significativas no estresse, na ansiedade e em vários outros sintomas psicopatológicos.

E vamos então a um apanhado geral de estudos científicos da aplicação de mindfulness em adolescentes: benéfico para o tratamento da dor (3), efetivo também na prevenção da recidiva depressiva (4), bem como na redução de ansiedade e sintomas depressivos (5, 6, 7) e também na redução dos sintomas do Déficit de Atenção / Hiperatividade (8).

Da mesma forma, os treinamentos de medição de atenção e atenção oferecidos às crianças mostraram ser úteis para reduzir os sintomas de ansiedade (9, 10), aumentando as habilidades de auto compaixão e atenção plena (11), melhorando o comportamento social, as habilidades sociais e a atenção (12, 13, 14), reduzindo os sintomas de TDAH (15) e também demonstraram ser eficazes para a regulação comportamental, metacognição e funções executivas (16).

E, se considerarmos que os problemas nas funções executivas estão relacionados com déficits cognitivos, com distúrbios de comportamentos diversos como o TDAH, bem como o bullying (17, 18), o último estudo que vamos apresentar aqui (19) é realmente relevante.  Uma relação positiva foi encontrada neste estudo entre as funções executivas, que se mostraram aprimoradas após uma prática de meditação, e a regulação comportamental, o controle executivo global e a metacognição.

Desta forma, a meditação de atenção plena promoveria o foco e a concentração aprimorados, que podem reverberar na regulação comportamental das crianças, no desenvolvimento socioemocional e nas habilidades acadêmicas(20, 21, 22) .

OS CUIDADOS PARA A EFICÁCIA DAS INTERVENÇÕES


Com a popularização de mindfulness, o risco da banalização também é crescente na mesma proporção. Por isso, tenho alertado muito sobre a responsabilidade de trabalharmos com as terapias baseadas em mindfulness de forma ética e, principalmente, com conhecimento de causa. Como falei anteriormente, há duas formas de trabalho através do desenvolvimento da atenção plena: uma com teor mais educativo e outra forma interventiva. Para ambos é preciso dedicar-se em tempo de estudo e prática pessoal contínua. Para alcançar maestria em ambos, é necessário um curso de formação.

Repito e vou repetir isso continuamente por vários motivos, especialmente pelo fato de que existem colegas participando de grupos de 8 semanas achando que isso os habilita a trabalhar com mindfulness - isso, nem de perto, funciona assim. Para trabalhar com mindfulness com eficácia é preciso, necessariamente, entender como se desenvolve a atenção plena e isso é sistematizado, tem um começo, um meio e um fim.

Por isso, as práticas que vamos ensinar aqui não tem teor de intervenção (pelo menos não dentro de uma terapia baseada em mindfulness, muito embora você possa utilizar essas ferramentas dentro da sua abordagem terapêutica). Para serem eficazes e trazerem os resultados que estudos científicos comprovam, é preciso saber o “be-a-bá” de mindfulness.

Como você já deve saber, o assunto mindfulness para crianças é bastante restrito em todo o mundo. Se quiser saber sobre materiais já existentes nesta área, não perca o vídeo em que dou algumas sugestões sobre isso! Nossa equipe aqui do CPPMP tem muito orgulho em dizer que somos as pioneiras no Brasil no assunto Mindfulness para crianças e já contamos com a publicação de um livro sobre o tema, cheio de técnicas, e também uma ferramenta lúdica, idealizada e criada por sua anfitriã aqui no canal Revolução Mindfulness (euzinha!).

COMO APRESENTAR MINDFULNESS PARA CRIANÇAS


Profissionalmente, não acredito que a melhor maneira de apresentar mindfulness para crianças seja falando sobre o Budismo - muito embora, pessoalmente, goste desta opção, foi assim que ensinei para minha filha, por exemplo. Mas é preciso reconhecer que a pluralidade religiosa nem sempre é respeitada e gosto de pensar que cada um merece ser respeitado dentro da sua fé e sistema de crenças. Sendo assim, assunto budismo é basicamente proibido pra mim, enquanto profissional que lida com público leigo - diferente de quando falo aqui pra vocês, colegas profissionais da área da saúde mental, onde religião não só pode, mas deve ser discutida.

Via de regra, apresentamos Mindfulness como um conjunto de brincadeiras, que podem ter vários temas. Sim, as práticas são lúdicas e mesmo os processos de interiorização são assim ensinados. É preciso, sobretudo, entrarmos no mundo das crianças, falarmos a linguagem delas, ouvi-las e validar sua experiência dentro de mindfulness.

Muitas vezes explicamos para as crianças um pouco sobre o funcionamento do cérebro, especialmente as funções do sistema límbico e da amígdala (a dona amígdala é responsável por situações de reatividade diante do medo, por exemplo, importante que a criança entenda que o corpo produz reações e que isso é diferente da sua vontade consciente).

Existe um protocolo sobre este processo de psicoeducação, mas nada impede que você faça o seu método. Para que você entenda um pouco melhor sobre isso, vou te indicar um tesouro: o documentário Free the Mind. Esse documentário não fala só de mindfulness, tampouco só sobre crianças, mas mostra a história de um menino com um processo de  intervenção baseada em mindfulness feita numa escola e é genial, vale a pena o tempo investido.

Na terapia baseada em mindfulness em crianças, as brincadeiras podem variar em três categorias de práticas, digamos assim: atenção focada, monitoramento aberto e práticas de compaixão, autocompaixão e bondade amorosa. A sistematização de mindfulness implica em saber quando usar uma e outra. Enquanto ainda não sabemos, o melhor é utilizar um método protocolado, como é o MBSR e o MBCT, dentre outros. Na ferramenta que elaborei, o “Jogo de Investigação”, há uma sugestão de protocolo bem simples, que pode e deve ser adaptada (já que o jogo não é exclusividade do trabalho do psicólogo, optamos por não deixar às claras o protocolo que usamos).

De uma forma geral, nós respeitamos toda e qualquer reação que a criança venha a ter quando trabalhamos com mindfulness e absolutamente tudo pode ser utilizado como um gancho para o trabalho que estamos realizando. Alguns fatores nos indica um norte no trabalho terapêutico com mindfulness, um deles é o fato de que não trabalhamos com alívio de sintomas, mas com seu enfrentamento. Isso também serve para as crianças.

Algumas práticas ensinam a interiorização a partir da atitude mindful de curiosidade, como é o caso da prática do sapinho, descrita na obra de Eline Snel, já disponível no Brasil. Consiste, basicamente, em imitar um sapinho pulando e, depois, parar completamente para entender o que acontece no corpo - respiração, coração, musculatura. Lógico, tudo isso dentro de uma deliciosa historinha. Para colegas que também trabalham com yoga, o exemplo da Snel acaba sendo uma porta para um mundo de possibilidades! Só é preciso tomar um pouco de cuidado para não deixar uma sessão mindfulness se tornar uma sessão de yoga com mindfulness - neste sentido, algumas práticas das posturas físicas do yoga acabam se tornando instrumentos terapêuticos com objetivos específicos, que em muito se difere das práticas de yoga tradicionais.

Mindfulness, em todos os setores e sob todas as formas, é uma prática compassiva, isso quer dizer que respeitamos o tempo de cada pessoa, dentro de suas limitações e evolução dentro das técnicas. Portanto, a questão tempo de prática é bastante variável e isso deve ser respeitado.

Tudo bem se sua criança só conseguir piscar num processo de interiorização - aos poucos vamos melhorando essa qualidade de contato com o mundo interno. Mais importante que o tempo de prática é sua constância e isso é uma unanimidade: melhor um minuto por dia do que 30 minutos uma vez por semana. Por isso, nós incentivamos as crianças a fazerem práticas em casa, através de áudios guiados, que devem ser elaborados segundo a necessidade de cada uma. Muitas vezes precisamos da ajuda dos pais e é normal que estes entrem no processo de psicoeducação sobre mindfulness. Mas, caso não seja possível a participação destes, temos algumas saídas para que a criança possa se responsabilizar pela suas práticas.

Dado alguns fatores fundamentais, quero te ensinar algumas técnicas de intervenções baseadas em mindfulness para crianças.

5 PRÁTICAS MINDFULNESS PARA CRIANÇAS


  1. Entrando em contato com as emoções

Incentive a criança a fazer de conta ser um repórter do tempo ou um meteorologista que pudesse analisar o que se passa por dentro e transformar isso em uma previsão do tempo. Instrua para que feche os olhos e se aquiete por alguns minutos para fazer a previsão. Estados como chuvoso, ensolarado, nublado, etc., vão descrever o estado emocional.  Esta atividade permite as crianças a observarem suas emoções como se estivessem de fora, como observadores externos. "Está chovendo, mas eu não sou esse aguaceiro" - permite também que a criança comece a identificar o que sente e escolher a melhor maneira de lidar com isso.

  1. Respirar com a Barriga

Não é tão difícil como parece ensinar uma criança a se tornar consciente da sua respiração, relaxar e praticar a respiração diafragmática. Um exercício muito prático é dar uma pelúcia à criança, ou outro objeto pequeno que ela goste, e pedir para colocar o brinquedo no ventre. Peça para que a criança respire por alguns minutos percebendo como o brinquedo sobe e desce com o movimento da sua barriga.

  1. Comer Consciente

Praticar a atenção plena ao comer é uma atividade fantástica para crianças. Quer seja uma fruta ou um pedaço de chocolate, podemos criar jogos muito divertidos para que as crianças aprendam a saborear plenamente o que comem com cada sentido. Experimente apresentar o lanche como uma refeição "vinda de outro planeta" e peça para que a criança explore ao máximo essa experiência.

  1. Aprender a parar e meditar

Pode parecer impossível, mas não é difícil ensinar uma criança a parar e meditar, basta saber qual a técnica correta. Você pode utilizar uma analogia, utilizando uma rã como exemplo: que é rápida e saltitante, mas pode ser também imóvel e muito atenta. Experimente sugerir que a criança pule como uma rã e depois pare por alguns minutos para entender o que acontece com seu corpo, respiração, emoções e pensamentos.

  1. Exercer a Gratidão

A gratidão é uma grande força psicológica e um componente fundamental da Atenção Plena, posto que é através dela que começamos a desenvolver a compaixão, pedra angular de Mindfulness. Ensinar nossas crianças serem gratas pela abundância ao invés de estarem focadas exclusivamente nos problemas, ou a fazerem suas tarefas em troca de guloseimas, pode ser um exercício maravilhoso. Comece pedindo para que a criança agradeça por três coisas boas no seu dia. Pode ser pequenas coisas, coisas simples.

BIBLIOGRAFIA

  1. Katherine Weare, (2013) "Developing mindfulness with children and young people: a review of the evidence and policy context", Journal of Children's Services, Vol. 8 Issue: 2, pp.141-153,
  2. Burke CA (2009) Mindfulness-Based Approaches with Children and Adolescents: A Preliminary Review of Current Research in an Emergent Field. J Child Fam Stud. pmid:20339571
  3. Crescentini, C., Capurso, V., Furlan, S., & Fabbro, F. (2016). Mindfulness-Oriented Meditation for Primary School Children: Effects on Attention and Psychological Well-Being. Frontiers in Psychology, 7, 805. http://doi.org/10.3389/fpsyg.2016.00805
  4. Crescentini, C., Capurso, V., Furlan, S., & Fabbro, F. (2016). Mindfulness-Oriented Meditation for Primary School Children: Effects on Attention and Psychological Well-Being. Frontiers in Psychology, 7, 805. http://doi.org/10.3389/fpsyg.2016.00805
  5. Beauchemin J., Hutchins T. L., Patterson F. (2008). Mindfulness meditation may lessen anxiety, promote social skills, and improve academic performance among adolescents with learning disabilities. Evid. Based Complementary Altern. Med. 13 34–45. 10.1177/1533210107311624
  6. Biegel G. M., Brown K. W., Shapiro S. L., Schubert C. M. (2009). Mindfulness-based stress reduction for the treatment of adolescent psychiatric outpatients: a randomized clinical trial. Consult. Clin. Psychol. 77 855–866. 10.1037/a0016241
  7. Broderick P. C., Metz S. (2009). Learning to BREATHE: a pilot trial of a mindfulness curriculum for adolescents. Sch. Ment. Health Promot. 2 35–46. 10.1080/1754730X.2009.9715696
  8. Zeidan F., Johnson S. K., Diamond B. J., David Z., Goolkasian P. (2010). Mindfulness meditation improves cognition: evidence of brief mental training. Cogn. 19 597–605. 10.1016/j.concog.2010.03.014
  9. Semple R. J., Reid E. F., Miller L. (2005). Treating anxiety with mindfulness: an open trial of mindfulness training for anxious children. Cogn. Psychother. 19 379–392. 10.1891/jcop.2005.19.4.379
  10. Lee J., Semple R. J., Rosa D., Miller L. (2008). Mindfulness-based cognitive therapy for children: results of a pilot study. Cogn. Psychother. 22 15–28. 10.1891/0889.8391.22.1.15
  11. Saltzman A., Goldin P. (2008). “Mindfulness Based Stress Reduction for School-Age Children,” inAcceptance and Mindfulness Interventions for Children Adolescents and Families, eds Hayes S. C., Greco L. A., editors. (Oakland, CA: Context Press/New Harbinger; ), 139–161.
  12. Napoli M., Krech P. R., Holley L. C. (2005). Mindfulness training for elementary school students: the attention academy. Appl. Sch. Psychol. 21 99–125. 10.1300/J370v21n01_05
  13. Saltzman A., Goldin P. (2008). “Mindfulness Based Stress Reduction for School-Age Children,” inAcceptance and Mindfulness Interventions for Children Adolescents and Families, eds Hayes S. C., Greco L. A., editors. (Oakland, CA: Context Press/New Harbinger; ), 139–161.
  14. Semple R. J., Lee J., Rosa D., Miller L. F. (2010). A randomized trial of mindfulness-based cognitive therapy for children: promoting mindful attention to enhance social-emotional resiliency in children. Child Fam. Stud. 19 218–229. 10.1007/s10826-009-9301-y
  15. Singh N. N., Singh A. N., Lancioni G. E., Singh J., Winton A. S. W., Adkins A. D. (2010). Mindfulness training for parents and their children with ADHD increases the children’s compliance. Child Fam. Stud. 19 157–166. 10.1007/s10826-009-9272-z
  16. Flook L., Smalley S. L., Kitil M. J., Galla B. M., Kaiser-Greenland S., Locke J., et al. (2010). Effects of mindful awareness practices on executive functions in elementary school children. Appl. Sch. Psychol. 26 70–95. 10.1080/15377900903379125
  17. Hughes C., White A., Sharpen J., Dunn J. (2000). Antisocial, angry, and unsympathetic: “Hard-to-manage” preschoolers’ peer problems and possible cognitive influences. Child Psychol. Psychiatry Allied Disciplines 41 169–179. 10.1111/1469-7610.00558
  18. Brocki K. C., Bohlin G. (2006). Developmental change in the relation between executive functions and symptoms of ADHD and co-occurring behaviour problems. Infant Child Dev. 15 19–40. 10.1002/icd.413
  19. Flook L., Smalley S. L., Kitil M. J., Galla B. M., Kaiser-Greenland S., Locke J., et al. (2010). Effects of mindful awareness practices on executive functions in elementary school children. Appl. Sch. Psychol. 26 70–95. 10.1080/15377900903379125
  20. Napoli M., Krech P. R., Holley L. C. (2005). Mindfulness training for elementary school students: the attention academy. Appl. Sch. Psychol. 21 99–125. 10.1300/J370v21n01_05
  21. Beauchemin J., Hutchins T. L., Patterson F. (2008). Mindfulness meditation may lessen anxiety, promote social skills, and improve academic performance among adolescents with learning disabilities. Evid. Based Complementary Altern. Med. 13 34–45. 10.1177/1533210107311624 [Cross Ref]

Flook L., Smalley S. L., Kitil M. J., Galla B. M., Kaiser-Greenland S., Locke J., et al. (2010). Effects of mindful awareness practices on executive functions in elementary school children. J. Appl. Sch. Psychol. 26 70–95. 10.1080/15377900903379125

Autor Sheila Drumond

Sheila Drumond

@sheiladrumond

Sheila Drumond é psicóloga clínica, fez suas formações em mindfulness e psicologia positiva em Buenos Aires, fundou no Paraná um Centro de referência em mindfulness, onde desenvolve programas, estudos, pesquisas e formação especialmente para psicólogos.

Oops... Faça login para continuar lendo



Interações
Comentários 1 0